sexta-feira, 29 de novembro de 2013

ESTREIAS DA SEMANA – 29/11



Sete filmes entram na programação dos cinemas de Fortaleza, a partir dessa sexta (29). Além da estreia nacional da comédia Crô - O Filme, essa sexta será a grande oportunidade para quem ainda não viu o longa cearense Doce Amianto produzido pela Alumbramento Filmes, que se destacou no panorama nacional dos festivais ano passado e este ano.

CRÔ – O FILME

Com Marcelo Serrado, Alexandre Nero, Milhem Cortaz, Ivete Sangalo, Kátia Morais, Carlos Machado, Carolina Ferraz, Gaby Amarantos. O filme é sobre a procura do personagem de Agnaldo Silva, que ficou conhecido na novela Fina Estampa, por uma nova “Rainha de Tebas” para oferecer seus dotes de mordomo de piruas. 


(Brasil, 2013), de Bruno Barreto. Com Marcelo Serrado, Alexandre Nero, Milhem Cortaz, Ivete Sangalo, Kátia Morais, Carlos Machado, Carolina Ferraz, Gaby Amarantos. 86 min. Downtown/Paris. 12 anos.

UM TIME SHOW DE BOLA 
Uma co-produção entre Argentina e Espanha, a animação estilo Toy Story é a primeira em 3D do diretor argentino Juan José Campanella (O Segredo dos teus Olhos). Um garoto que passou sua infância jogando pebolim volta a sua cidade natal descontente por não ser bom em nada ao não ser no jogo de mesa. No meio dessa história ele encontra apoio com os jogadores do pebolim que ganham vida.
(Metegol, Argentina/Espanha, 2013), de Juan José Campanella. Com as vozes originais de Pablo Rago, Miguel Angel Rodriguez, Fabian Gianola, Horacio Fontova, David Masajnik. 106 min. Universal. Livre.

INFECTADOS
Quatro astronautas em uma missão lunar são infectados por uma mal que os deixa paranóicos, depois que um meteoro atinge a base em que estão. 
(Stranded, Canadá/Reino Unido, 2013), de Roger Christian. Com Christian Slater, Brendan Fehr, Amy Matysio, Michael Therriault, Mark D. Claxton, Ryland Alexander. 90 min. H2O Films. 12 anos.


VOVÔ SEM VERGONHA 

Johnny Knoxville, do grupo sem noção Jackass da MTV se torna um avô também sem noção que viaja com seu neto pelos EUA, após a morte de sua mulher. Nessa viagem ele vai armando confusões no estilo real dos filmes Jackass.
(Jackass Presents: Bad Grandpa, EUA, 2013), de Jeff Tramaine. Com Johnny Knoxville, Jackson Nicholl, Greg Harris, Georgina Cates, Kamber Hejlik, Jill Kill. 92 min. Paramount. 14 anos.

ÚLTIMA VIAGEM A VEGAS
 
Robert De Niro, Morgan Freeman, Kevin Kline e Michael Douglas se juntam para protagonizar mais uma comédia sobre sessentões cansados de suas vidas repetitivas e caiem em Las Vegas para a despedida de solteiro do único solteiro do grupo que vai se casar com uma mulher bem mais nova (Dolglas).
(Last Vegas, EUA, 2013), de Jon Turteltaub. Com Michael Douglas, Robert De Niro, Morgan Freeman, Kevin Kline, Mary Steenburgen, Jerry Ferrara, Romany Malco. 105 min. Paris Filmes. 12 anos.

NAS SALAS DO CINEMA DO DRAGÃO:

DOCE AMIANTO 
O primeiro longa de Uirá dos reis estreia no circuito comercial nas salas do Cinema do Dragão pela Vitrine Filmes, após uma campanha positiva pelos festivais nacionais. O filme é uma história sobre a procura do amor. Amianto (Daynne Augusto) acaba de ser deixada por um rapaz e sob os cuidados e conselhos de sua fada madrinha Blanch (Uirá) se recupera de suas desilusões e se fortalece para continuar sua procura por um grande amor.
 (Brasil, 2013), de Guto Parente e Uirá dos Reis. Com Deynne Augusto, Valentina Damasceno, Reginaldo Dias, Rafaela Diógenes, Rodrigo Fernandes, Danilo Maia. 70 min. Vitrine. 18 anos.
 
UM ESTRANHO NO LAGO (pré-estreia)
 
Em uma praia de nudismo exclusiva para homens homossexuais, Franck (Pierre Deladonchamps)  se apaixona por um novato do lugar chamado Michel (Christophe Paou), sem saber que ele pode ser uma pessoa perigosa.

(L’Inconnu du Lac, França, 2013), de Alain Guiraudie. Com Pierre Deladonchamps, Christophe Paou, Patrick d’Assumçao, Jérôme Chappatte, Mathieu Vervisch. 100 min. Imovision. 18 anos.




*CONTINUA EM CARTAZ
TATUAGEM – HILTON LACERDA

Confira a programação dessa semana do Cinema do Dragão:





quarta-feira, 20 de novembro de 2013

EDIÇÃO Nº 19



 
Olá pessoas, com o grande marco recentemente nas bilheterias norte-americanas, resolvi da minha opinião sobre “Thor – O Mundo Sombrio”.

ANÁLISE DE THOR – O MUNDO SOMBRIO


Depois da péssima inicialização da segunda fase da Marvel nos cinemas, com o “Homem de Ferro 3”, que causou muita polêmica devido a sua qualidade duvidosa, mas parece que finalmente conseguiram acertar a mão em mistura ação, verborragia, personagens extravagantes e humor.

No segundo filme a trama começa após os acontecimentos de “Os Vingadores”, dando realmente continuidade a história da segunda fase. Podemos ver com mais clareza as consequências no mundo após “Os Vigngadores”, pois em “Homem de Ferro 3” a trama foi completamente focada em Tony Stark, onde não houve espaço para isso se inserir. O filme supera o seu antecessor, como estabelece uma nova e interessante relação entre o protagonista e seu mundo mitológico, além de escapar de ser um filme galhofa. A escala da ação é épica, o drama é real e o humor é engraçadíssimo.


A interação de cada personagem, dando mais destaque aos que mal falaram no primeiro filme, é incrível. A atuação de Tom Hiddleston como Loki, continua impressionante como sempre. Lamentavelmente, a história ainda continua tendo algum pontos fracos, há uma coincidência relacionada à Jane Foster que é preguiça de roteiro. A primeira é que Jane, ainda que estivesse buscando anomalias como a que trouxe Thor à Terra, estava justamente no lugar e na hora certa. A outra é que, com tantos destinos, fora parar especificamente no local onde está guardada a arma definitiva de Malekith.


Thor – O Mundo Sombrio” prepara um gancho para “Os Guardiões da Galáxia”, além de mostrar a decisão de usar Ultron como vilão do segundo filme dos Vingadores, que provavelmente vem do desejo de tirar um pouco dessa responsabilidade de Asgard e o espaço de criar mais  problemas na Terra. Quem ainda vai assistir, não se esqueçam que o filme possui duas cenas pós créditos.




segunda-feira, 18 de novembro de 2013

TATUAGEM DE HILTON LACERDA ESTREIA EM FORTALEZA



Depois de rodar e causar nos principais festivais nacionais o primeiro longa de Hilton Lacerda, Tatuagem, chegou a fortaleza nessa quarta (13) em uma pré-estreia no cinema do Dragão, com a presença do diretor e parte da equipe do filme.

 O mês de novembro no Cinema do Dragão do Mar começa sem se importar com o ritmo desacelerado de fim de ano. Dividindo as duas salas com a programação do Panorama Alemão, o longa Tatuagem recebe as boas vindas dos espectadores de Fortaleza em uma pré-estreia lotada, esbanjando poesia e liberdade. 
Tatuagem de Hilton Lacerda é mais uma produção do recanto cinematográfico pernambucano que ganha o país. O filme se passa em 1978, período da ditadura militar no Brasil e período – ao olhar do diretor – em que não havia esperança da saída de tanta censura. No meio desse cenário está Clécio (Irandhir Santos), o líder do grupo teatral anarquista Chão de Estrelas, e o jovem soldado Fininha (Jesuíta Barbosa) vivendo uma história de amor tênue entre repressão e liberdade. O filme foi ganhador de 3 Kikitos no Festival de Gamado, sendo um de melhor filme. Depois foi a vez do Festival do Rio premiar o filme em cinco categorias, sedo uma de melhor ator para Jesuíta Barbosa.  

DIRETOR E ELENCO

Esse é o primeiro longa dirigido por Hilton Lacerda, mas antes disso o diretor já era muito bem inserido no cenário cinematográfico nacional assinando o roteiro de Amarelo Manga e Febre do Rato de Claudio Assis, Árido Movie e o documentário Cartola – Música Para os Olhos de Lírio Ferreira, Filmefobia de Kiko Goifman e A Festa da Menina Morta de Matheus Nastchergale.
 
A esquerda o grupo Chão de Estrelas e a direita o Vivencial Diversiones. Foto: Gilberto MarcelinoDivulgação.
Sobre a iniciativa de direção, Hilton conta que gostaria de fazer um filme que fosse totalmente seu, não que os outros não fossem, pois em Febre do Rato, de Claudio Assis, Lacerda contribuiu também com algumas poesias pessoais por ter a história e o espírito do filme muito bem agregado a si. Agora Hilton conta que gostaria de transpassar uma idéia de liberdade que lhe remexia por dentro e transformar isso em cinema. Então o diretor com esse argumento de algo que fosse simplesmente livre e despendido até dos olhares tortos uniu com a história de um grupo teatral/cabaré de Olinda da década de 1970 chamado Vivencial Diversiones, que no formato Dzi Croquetes se apresentava com menos glamour e muita ousadia, uma narrativa que ainda que se passasse no período da ditadura militar dialogasse com as situações do nosso presente. 

Aumentando ainda mais a pessoalidade a obra, Hilton relata que na época da ditadura em que tinha 13 anos já ouvia falar do grupo Vivencial Diversiones e que essa era uma época em que se sentia dono de mundo. Essa particularidade está presente no personagem filho de Clécio, de mesma idade, que convive com o grupo Chão de Estrelas e se mostra bem impositivo em todas as suas aparições.
Atores Jesuíta e Diego Salvador
  


























 O diretor então montou o roteiro e em seis meses fechou a pré produção do filme. Segundo Hilton a procura por atores foi o processo mais demorado, pela história exigir atores que não tivessem problema com pudor, mas para o papel de Clécio o diretor já imaginava o ator pernambucano Irandhir Santos, que interpretou mais de um personagem no filme por ser o líder do Chão de Estrelas e encenar vários papeis nas apresentações do grupo. Já a participação de Jesuíta Barbosa foi agregada pelo diretor pela desenvoltura do ator com a câmera e a sua desenvoltura com o personagem - “A câmera gosta dele, é impressionante” – comenta Hilton. 

O FILME
Tatuagem coloca em primeiro plano o desprendimento de todas as regras superficiais que regem tanta coisa e atrapalham o curso natural da vida. O filme não tem nenhum receio de mostrar o que aquelas pessoas querem fazer, seja sexo, amor, família, amigos, chacota ou bacanal, o lema é ser livre até ser preso apenas por si mesmo. Totalmente compromissado com as diferenças de liberdade de 1978 que dialoga perfeitamente com o tempo atual, o longa mostra toda a conduta renegada e marginalizada pelas classes em tom de uma grande piada a bordo de uma comunhão de afetos contrastando toda bagunça com a poesia sutil, quase ingênua, dos personagens.  
Assim como Hilton Lacerda o filme é muito descontraído e verdadeiramente leve, sem contar com o riquíssimo elenco que tornou a história um grande cabaré de esquina regado a cerveja e cachaça. A fotografia e as cores do filme tornam tudo ainda mais teatral, há momentos em que o filtro todo ruído ambienta ainda mais a época em que acontece a história. O figurino e a produção dos espetáculos do grupo Chão de Estrelas utilizando materiais vagabundos de papelão e transformando tudo em cores e trajes impecáveis é de se contemplar. Outro grande pilar do filme que no embala hipnotiza é a trilha sonora embargada de sentimentos e poesia, confira o clip de “Volta", letra e música de Johnny Hooker, encenando o musico e o ator do filme Irandhir Santos como prévia:



Fica a dica do Diretor Fantasma para um programa libertino sem ter vergonha de ser feliz:


TATUAGEM 

CINEMA DO DRAGÃO DO MAR
SESSÃO: Sala 1 - 16h, 18h10 e 20h20 (com exceção do dia 20/11, quando não haverá o terceiro horário).
MEIA: R$ 6,00
INTEIRA: R$ 12,00