No
segundo dia da mostra, o auditório Sabino Antunes da Silva, no SESC, se tornou uma
vitrine de indagações existencialistas enquanto que mais cedo o Teatro Pedro
Lima Verde transformava-se em um salão de dança.
Durante a mostra boa idade no Teatro
Pedro Lima Verde, pela manhã, aconteceu a exibição do longa Chega de Saudade, da diretora Laís Bodanzky,
reunindo o publico da terceira e melhor idade de Iguatu. O longa de 2008 mostra
as alegrias e dramas de jovens e velhos que frequentam um salão de dança em São
Paulo, durante um noite. A trilha sonora do filme já é contagiante por si só,
ainda mais com a presença dos simpáticos e joviais senhores e senhoras de Iguatu.
Não demorou muito e todos os espectadores se tornaram parte do filme, cada um
com o seu par, dançando no compasso das musicas, cena a cena. Foi um verdadeiro
baile de cinema!
Já a tarde foi a hora de
aproveitar o workshop Livro Deles Filmes Nossos: o processo de adaptação
fílmica, com a instrutora Michelline Helena, no auditório do SESC. Mais a
noite, no mesmo auditório foi a hora das exibições mais provocadoras da mostra.
Você é feliz com o seu
trabalho? Você é livre? Se eu tivesse todas as repostas do mundo, o que você
perguntaria? Assim se desenvolveu o curta Retrato de Uma Paisagem, do diretor Pedro
Diógenes. Um provocador, desempregado, sai andando pelo centro de Fortaleza
fazendo as perguntas acima para mendigos, comerciantes, seguranças de lojas e
pedestres, uma verdadeira incitação a loucura. Muitos dos abordados não
souberam responder ou deram as mesmas respostas, mas cada um com justificativas
correspondentes as percepções das hierarquias sociais. O filme mostra em imagem
o que muita gente já sentiu e questionou sobre o modo em que vivemos e por qual
razão temos que viver.
Além da “afronta”, pois
questionar o óbvio é um entanto contraditório, o curta é composto por imagens
puramente urbanas do centro comercial de fortaleza, filmadas durante um sobrevoo de helicóptero. Imagens que mostram a fatigante rotina frenética de uma
sociedade de consumo sob uma locução descritiva e avaliativa dos preceitos
sociais.
Após a exibição do curta, foi a
hora de entrar em outro universo, o de Verônica. Uma médica recém formada que
começa a praticar sua profissão em um hospital publico de Recife, fazendo
consultas clinicas. Durante esse novo e aguardado momento profissional, Verônica
se encontra em auto-avaliação, em poucas palavras ela passa por uma crise
existencial após todo o tempo em que prestou estudo e atenção a aquilo que ela acreditava
ser seu propósito de vida. Agora, a protagonista precisa se descobrir e
resolver quais são os seus verdadeiros objetivos pessoais e profissionais. Junto
com essa jornada ela se depara com o peso dos seu 24 anos a velhice de seu pai,
e a rotina desgastante do hospital. Assim como o curta do Alumbramento, Era Uma
Vez Eu Verônica, do diretor Marcelo Gomes, dialoga com a temática do
existencialismo e o encontro de si mesma em meio a “multidão”. As diferenças
entre as duas produções são o teor sexual e a presença perfeitamente selada de
Karina Bruh na trilha sonora do longa.
E foi assim que terminou o
segundo dia da mostra. Confira as fotos tiradas nesses dias de realização:
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