quinta-feira, 16 de maio de 2013

IV MOSTRA DE IGUATU - ACONTECEU



No segundo dia da mostra, o auditório Sabino Antunes da Silva, no SESC, se tornou uma vitrine de indagações existencialistas enquanto que mais cedo o Teatro Pedro Lima Verde transformava-se em um salão de dança.

Durante a mostra boa idade no Teatro Pedro Lima Verde, pela manhã, aconteceu a exibição do longa Chega de Saudade, da diretora Laís Bodanzky, reunindo o publico da terceira e melhor idade de Iguatu. O longa de 2008 mostra as alegrias e dramas de jovens e velhos que frequentam um salão de dança em São Paulo, durante um noite. A trilha sonora do filme já é contagiante por si só, ainda mais com a presença dos simpáticos e joviais senhores e senhoras de Iguatu. Não demorou muito e todos os espectadores se tornaram parte do filme, cada um com o seu par, dançando no compasso das musicas, cena a cena. Foi um verdadeiro baile de cinema!

Já a tarde foi a hora de aproveitar o workshop Livro Deles Filmes Nossos: o processo de adaptação fílmica, com a instrutora Michelline Helena, no auditório do SESC. Mais a noite, no mesmo auditório foi a hora das exibições mais provocadoras da mostra.  

Você é feliz com o seu trabalho? Você é livre? Se eu tivesse todas as repostas do mundo, o que você perguntaria? Assim se desenvolveu o curta Retrato de Uma Paisagem, do diretor Pedro Diógenes. Um provocador, desempregado, sai andando pelo centro de Fortaleza fazendo as perguntas acima para mendigos, comerciantes, seguranças de lojas e pedestres, uma verdadeira incitação a loucura. Muitos dos abordados não souberam responder ou deram as mesmas respostas, mas cada um com justificativas correspondentes as percepções das hierarquias sociais. O filme mostra em imagem o que muita gente já sentiu e questionou sobre o modo em que vivemos e por qual razão temos que viver.
Além da “afronta”, pois questionar o óbvio é um entanto contraditório, o curta é composto por imagens puramente urbanas do centro comercial de fortaleza, filmadas durante um sobrevoo de helicóptero. Imagens que mostram a fatigante rotina frenética de uma sociedade de consumo sob uma locução descritiva e avaliativa dos preceitos sociais.

Após a exibição do curta, foi a hora de entrar em outro universo, o de Verônica. Uma médica recém formada que começa a praticar sua profissão em um hospital publico de Recife, fazendo consultas clinicas. Durante esse novo e aguardado momento profissional, Verônica se encontra em auto-avaliação, em poucas palavras ela passa por uma crise existencial após todo o tempo em que prestou estudo e atenção a aquilo que ela acreditava ser seu propósito de vida. Agora, a protagonista precisa se descobrir e resolver quais são os seus verdadeiros objetivos pessoais e profissionais. Junto com essa jornada ela se depara com o peso dos seu 24 anos a velhice de seu pai, e a rotina desgastante do hospital. Assim como o curta do Alumbramento, Era Uma Vez Eu Verônica, do diretor Marcelo Gomes, dialoga com a temática do existencialismo e o encontro de si mesma em meio a “multidão”. As diferenças entre as duas produções são o teor sexual e a presença perfeitamente selada de Karina Bruh na trilha sonora do longa.

E foi assim que terminou o segundo dia da mostra. Confira as fotos tiradas nesses dias de realização: 








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