sexta-feira, 10 de maio de 2013

É CLICHÊ... MAS FICOU ÓTIMO



A Datilógrafa (Populaire, 2012) é o primeiro longa do diretor Régis Roinsard que entrou no circuito nacional do Festival Varilux de Cinema Francês. O filme teve cinco indicações ao César (é tipo o Oscar da França). 


A Datilógrafa não trata de jornalismo, muito menos ligado à publicidade (como eu achava devido a versão terrível do título aqui no Brasil) e sim uma releitura “homenagem” aos filmes de comédia romântica do final da década de 60.




Pra começar, é algo bem clichê; Rose Pamphule é uma moça meiga, bobinha que mora com os pais no interior da França e esta prestes a noivar com um rapaz que seu Pai lhe ordenou. Rose é interpretada pela lindona da Deborah Françõis que deu conta do recado muito, muito, muito bem!

Ok, até ai tudo esta na mesma, até aparecer uma oportunidade de emprego, é uma entrevista para ser secretária de uma empresa de seguros em outra cidade (porque o sonho da rosinha era ser secretária... Bobinha)!





Bem, chegando lá existe uma dezena de outras donzelas em busca da mesma vaga, ela faz um teste para datilografar um documento. Louis Échard (Romain Duris) é do dono da seguradora e fica boquiaberto com o talento da moça ao datilografar e sem duvidas ele a contrata de cara.



Claro, esqueci de mencionar que ele também ficou impressionado com a beleza de Rose, mas não só isso, seu talento para dedilhar a máquina era incrível. Rose será a nova datilógrafa da empresa (profissão esta que não existe mais, muito menos na França!), pois como secretária é um desastre!

Rose muda-se para a cidade, vai morar num pensionato de garotas e o rapaz que ficou de noivar com ela ficou chupando o dedo.


 No decorrer dos dias de trabalho o clima de romance vai surgindo entre a bonitinha e o charmoso chefe que traça todas as secretárias. Rose começa a desconfiar dos interesses do patrão e cai fora. Numa tentativa de trazer Rose de volta, Louis lhe convida a participar de um campeonato de datilógrafas da cidade, sendo muito sonhadora ela topa o desafio. Louis foi um esportista nato e viciado em competições, vê nesse torneio uma forma de explorar Rose para seu próprio hobby.


Rose vence o campeonato e é escalada para as semifinais estaduais, é meio louca essa competição de datilógrafas, mas de fato elas existiram mesmo.

Louis convida Rose para morar com ele e assim treiná-la, de forma bem rigorosa, para ser a campeã e chegar à final mundial onde as melhores de todos os países estarão disputando a coroa em New York.


Rose vence todas as etapas e viaja com seu chefe bonitão. No hotel acontece a primeira noite deles, a cena é incrível a mais chocante do filme. O letreiro do hotel reflete a luz no quarto enquanto eles estão se amando... O quarto vai mudando de cor, é uma coisa de louco. Genial!

Logo no dia da final, eles se desentendem e Rose viaja sozinha pra New York.

Não preciso dizer o que vai acontecer, né ??????

É clichê? É!  Mas o resultado ficou ótimo. 
Muito bem, como seu primeiro longa Roinsard esta de parabéns, conseguiu fazer uma filme ingênuo e fiel a realidade da época, a fotografia cheia de contrastes, a arte bem certinha... Continue assim!

O roteiro é muito bem escrito, possui diálogos divertidos. Diferente da maioria dos filmes franceses, este não é um filme “paradão” onde as coisas demoram a acontecer, pelo contrario é bem dinâmico e deixa a gente ligado na história o tempo inteiro.


A DATILÓGRAFA: POPULAIRE
DIREÇÃO: RÉGIS ROINSARD
ROTEIRO: RÉGIS ROINSARD, DANIEL PRESLEY & ROMAIN COMPINGT.
PRODUÇÃO: FRANÇA - 2012
ONDE: AINDA SÓ DISPONPIVEL PARA OS FESTIVAIS (Chupa!)
CLASSIFICAÇÃO: LIVRE
AVALIAÇÃO: SE VOCÊ ESTÁ PAQUERANDO ALGUÉM, ESSE FILME É DICA CERTA! ;)











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