Com
um clima latino e super aconchegante, deu-se início ao 22º Cine Ceará -
Festival Ibero Americano de cinema, nesta sexta-feira (1º), no lindo teatro
José de Alencar. Uma noite com um sotaque portunhol e muito cinema. É claro que
o Diretor Fantasma marcou presença e conversou com alguns diretores, jurados e
com o grande homenageado da noite, o ator Marco Nanini. Tudo acompanhado pela
querida amiga e fotógrafa Drica Creston que registrou estes grandes encontros
no Festival.
Este anos
o Cine Ceará torna-se janela para as produções ibero-americanas com o tema,
Lutas Sociais Na América Latina. São 9 longas-metragens (sendo 3 brasileiros) e
12 curtas-metragens, realizados por produtores e diretores brasileiros ou
erradicados no país há mais de três anos (duas produções são cearenses). Ao
todo são 21 produções concorrendo o Troféu Mucuripe nas categorias de Melhor
Curta, Direção, Roteiro e Crítica, para as curtas-metragens e Melhor Longa,
Direção, Fotografia, Edição, Roteiro, Som trilha Sonora, Edição de Arte, Ator
Atriz e Crítica, para as longas-metragens.
Na bancada do júri dos
longas estão a brasileira Ana Maria Bahiana, o grego Alexis Grivas, a holandesa
Irma dulmes, o uruguaio Nelson Wainstein e o peruano Alberto Chico que deu uma
palavrinha com o Diretor Fantasma na noite de abertura do Festival e comentou
sobre a importância de um festival ibero-americano e a posição do Brasil neles;
" Acho que o Brasil de vez em quando fica meio deslocado, por causa
da distância e do idioma, mas isso também não importa muito.", e
complementa; "Os festivais são encontros das pessoas que inventam
histórias, que imaginam, que criam e que deveria ter mais festivais ibero-americanos".
O diretor, roteirista e produtor, peruano, Alberto Chico. |
Já na bancada das
curtas-metragens está o cubano Jorge Molina Enríquez e os brasileiros Valderi
Duarte, Afonso Galino e o jovem Arthur Frazão, que conversou com o Diretor
Fantasma e se mostrou muito concentrado, pois se diz ter uma responsabilidade de
fazer justiça, já que este é seu primeiro Festival avaliando curtas. O jovem
jurado disse também estar ansiosos para ver alguns trabalhos e pretende
aproveitar o festival.
O jovem jurado Arthur Frazão. |
A noite também
homenageou o ator Marco Nanini com um troféu Eusélio de Oliveira pela sua
contribuição ao cinema brasileiro, entregue pelo cineasta Luiz Carlos Barreto.
“Eu fiquei surpreso e muito feliz de voltar a esse teatro para receber um
premio tão importante de um festival que já tem 22 anos, aqui nessa cidade tão
linda e que combina tão bem o teatro, o cinema e as pessoas.”, disse o ator ao
Diretor Fantasma.
Foto: Divulgação. |
Além da homenagem,
houve também a exibição do curta "Um Herói Iluminado" realizado pelos
alunos do curso de Animação, realizado em parceria entre Casa Amarela Eusélio
Oliveira e Coélce e a entrega dos certificados de conclusão do curso.
O Diretor Fantasma conversou ainda com dois diretores que estreiam com seus filmes no Festival. O diretor chileno de "Violeta Foi Para o Céu", Andrés Wood, comentou: "O Brasil é um país com muita cultura interna e muito autossuficiente, Acho que por isso não tem tanta necessidade de olhar para a latino-americana" quando questionado sobre a distância social e cultural do Brasil em relação a América Latina, e acrescenta; "Mas para nós, povo latino-americano, em particular países pequenos como o Chile, é extremamente prazeroso este intercâmbio e espero que siga crescendo".
Já com o diretor do documentário "Futuro Do Pretérito: Tropicalismo Now!", Ninho Moraes, falou sobre a escolha do Festival para a estreia nacional de seu filme. "Foi uma conjunção boa, ele é um documentário e trata da cultura brasileira, do movimento tropicalista. O filme é muito animado e achamos que caberia muito bem aqui e o Festival também. ". Em meio a outros filmes sobre o movimento tropicalista "Tropicalismo Now!" se destaca por são ser uma produção feita por arquivos, ele é uma visão do século 21 sobre os movimentos mais importantes da cultura brasileira. Um documentário líbero-musical que intercala entrevistas com shows.
Já com o diretor do documentário "Futuro Do Pretérito: Tropicalismo Now!", Ninho Moraes, falou sobre a escolha do Festival para a estreia nacional de seu filme. "Foi uma conjunção boa, ele é um documentário e trata da cultura brasileira, do movimento tropicalista. O filme é muito animado e achamos que caberia muito bem aqui e o Festival também. ". Em meio a outros filmes sobre o movimento tropicalista "Tropicalismo Now!" se destaca por são ser uma produção feita por arquivos, ele é uma visão do século 21 sobre os movimentos mais importantes da cultura brasileira. Um documentário líbero-musical que intercala entrevistas com shows.
O diretor chileno André Wood. |
O diretor brasileiro Ninho Moraes. |
Após a exibição do
longa chileno "Violeta Foi Para o Céu" de Andrés Wood, a noite
encerrou com a apresentação de um grupo popular nordestino enquanto todos se
encontravam em meio a quiosques com cardápios regionais.
O Troféu Mucuripe. |
LONGA-METRAGEM
BERTSOLARI
/ BERTOSOLARIAsier Altuna. Documentário. 35mm. 90min. Cor. Espanha. 2011
PRAZO DE VALIDADE / FECHA DE CADUCIDAD
Kenya Márquez. Ficção. 100min. 35mm. Cor. México. 2011
DISTÂNCIA / DISTANCIA
Sergio Ramírez. Ficção. 75min. HDV. Guatemala. 2011
EM NOME DA FILHA / EN EL NOMBRE DE LA HIJA
Tania Hermida. Ficção. 102min. 35mm. Cor. Ecuador. 2011
FEBRE DO RATO
Cláudio Assis. Ficção. 35mm. 90’. Preto e Branco. Brasil. 2011
FUTURO DO PRETÉRITO: TROPICALISMO NOW!
Ninho Moraes e Francisco Cesar Filho. Documentário. HD. 76min. Cor. Brasil. 2011
RÂNIA
Roberta Marques. Ficção. 85min. 35mm. Cor. Brasil. 2011
UM AMOR / UN AMOR
Paula Hernández. Ficção. 35mm. 100min. Cor. Argentina. 2011
VIOLETA FOI PARA O CÉU / VIOLETA SE FUE A LOS CIELOS
Andrés Wood. Ficção. 110min. 35mm. Cor. Chile. 2011
CURTA-METRAGEM
A GALINHA QUE BURLOU O SISTEMA
Quico Meirelles. Ficção/Documentário. 35mm. 15′. SP. 2012
DIA ESTRELADO
Nara Normande. Animação. 17′. 35mm. PE. 2011
DISQUE QUILOMBOLA
David Reeks. Documentário. 13min. HDV. SP. 2012
DIZEM QUE OS CÃES VÊEM COISAS
Guto Parente. Ficção. HD. 12′. CE. 2012
LAMBARI
Márcio Soares. Ficção. HDV. 14′. MG. 2012
OS LADOS DA RUA
Diego Zon. Ficção. 35mm. 15′. ES. 2012
OS MORTOS-VIVOS
Anita Rocha da Silveira. Ficção. Digital. 19′. RJ. 2012
QUERENÇA
Iziane Filgueiras Mascarenhas. Ficção. 35mm. 19’58”. CE. 2012
REALEJO
Marcus Vinicius Vasconcelos. Animação. HDV. 12’47”. SP. 2012
SANTAS
Roberval Duarte. Experimental. 15′. HDV. RJ. 2012
SÉCULO
Marcos Pimentel. Ficção/Experimental. 11′. 35mm. MG. 2011
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