O Diretor Fantasma fez
uma visita ao Museu da Imagem e do Som de Fortaleza, e fez um post especial do
pouco visitado e quase desconhecido Museu.
Fomos recebidos pelo simpaticíssimo
produtor do Museu, o Danilo Costa, que nos contou a história do museu e as
dificuldades de deixá-lo atrativo. Como é de praxe, o descaso da administração
política interferindo na disseminação cultural.
Nossa visita foi guiada pelo boa-praça Paulo de Tarso, um senhor apaixonado por cultura popular e escritor de treze cordéis, onde Chico Anysio, Gonzagão e o próprio MIS servem como tema de suas obras.
O Museu é um lugar
super agradável, em boa conservação arquitetônica, mas deficiente na manutenção
do seu mostruário. Os objetos estão em ótima conservação e são muito empolgantes
para os amantes do audiovisual. Câmeras fotográficas, filmadoras,
retroprojetores e projetores de slides autênticos ao alcance das mãos é realmente
uma boa experiência para quem sempre quis ter um objeto como esses.
No entanto suas
exposições deixam a desejar pela falta de interatividade com os visitantes, o
único painel interativo (um monitor touch screen que dava informações dos
objetos) não está funcionando. Há também a falta de um projetor para os filmes
em película que o Museu possui, pois o único projetor que existente está
somente para exposição por seu estado degradado. É uma pena, pois o Museu
dispõe de um bom e rico acervo cultural que não pode ser compartilhado nem
supervalorizado pela população.
O belo projetor frances usado na década de 50 à 60, doado ao museu. |
Mas é em suas
instalações mais resguardadas que o Museu guarda o seu tesouro. Muito procurado
para pesquisas o lugar possui um riquíssimo acervo de variados tipos, desde
pinturas a partituras de artistas brasileiros e internacionais. Metade de
Fortaleza está gravada em imagens e vídeos que compõe o acervo. Se você
pretende fazer projeto sobre a história de nosso Estado, o lugar é este. Há uma
imensidão de fotos de personalidades, lugares, festas e eventos populares que
aconteceram em Fortaleza. Sem falar na ótima assistência dos funcionários e o acesso
total a todos os objetos do acervo.
A HISTÓRIA DO MIS
O Museu da imagem e som
do Ceará foi inaugurado em 1980 e se instalava no subsolo do prédio da
Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel, no antigo Departamento de
Patrimônio da Biblioteca. Depois de passar para o Departamento de Audiovisual
teve seu acervo ampliado após receber equipamentos e documentos do Centro de
Referência Cultural (CERES) e uma coleção de filmes da TV Educativa.
Os famosos leões de porcelana vindos da Cidade do Porto, na entrada, são a marca registrada do Museu. |
Em 1996 o Museu foi
re-estruturado para a atual sede na avenida Barão de Studart, onde era o antigo
Museu Antropológico do ceará e a antiga sede oficial do Governo do Estado e
residência do Governador Virgílio Távora, de 1963 a 1971.
ACERVO
O museu conta com cerca
de 150 mil peças. São CDs, fitas de áudio, de rolo, cassete e micro-cassete,
imagens de Fortaleza no passado, cromos e negativos, filmes em películas de 35
e 16 mm, betacam, betamax, VHS, DVD, H8, partituras, pinturas e outros projetos
que valorizam a cultura popular em geral. A maior parte do acervo dos filmes em
película foram doados do acervo pessoal do célebre diretor cearense Rosemberg Cariry.
Latas com sobras filmes 16mm e audio tapes. |
ATIVIDADES
O Museu abre ao publico
seu acervo de filmes em um cineclube, assim como oficinas, mas por enquanto
essas atividades estão paralisadas com previsão de retomada para Julho.
Antes disso o Museu abrirá
as portas do cineclube para comemorar a 10ª Semana de Museus, aonde todos os
museus do mundo oferecem uma programação especial, dos dias 14 a 20 de maio Neste ano o tema é “Museus em um mundo em transformações – novos desafios,
novas inspirações.
A programação:
·
Dia 14 – 16h às 17h
Exibição do filme “Supermemórias”, do cineasta
Danilo Carvalho, com um bate papo com o diretor em seguida sobre suas
experiências através do ritmo das filmagens.
· Dia 14 – 13h às 15h30
Palestra com Jhoseffi Macena e André Matos do
projeto AB Cine sobre “O Avanço Tecnológico nas Técnicas de Produção”
Para saber a programação nos demais museus clique aqui.
O Museu fica na avenida
Barão de Studart, 410, Meireles, em frete a Casa Civil. O horário de
visitas é das 8h às 17h, de segunda a sexta. Já o atendimento para pesquisas o
horário é das 9h às 17h. Para agendamento de visitas em grupo entre em contato
pelo telefone (85) 3101-1206.
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